segunda-feira, 8 de março de 2010

O Poeta e Sua descoberta

Descobri que: o poeta é um ser;
Encarregado de semear,
Regar e cultivar o
Amor.

É apaixonado; e às vezes suas
Palavras mal interpretadas
Por viver em busca do
Mor.

Em seu peito bate o coração
Cheio de emoção, sempre
Em busca da grande
Paixão.

O poeta é como o cientista,
Para ele é sempre uma
Emoção, a descoberta de uma
Nova paixão.

Vive embriagado, na emoção
Buscando, explicação, pra
Tanto amor e paixão que
Vive rondando seu
Coração.

Nita Mota

Amor Serrano

Lino
Um jovem aventureiro.

Lino vivia sempre em aventuras, sem com nada se preocupar, sem em ninguém se apegar. Não tinha paradeiro, vivia pra lá e pra cá. Sua família sendo muito rica; com dinheiro não precisava se preocupar.Um dia ia para praia, em outro para o exterior,conhecia tantos lugares que a vida já estava ficando monótona; Um dia levantou bem cedo e disse pra sua mãe; mamãe estou entediado, não sei o que fazer! Sua mãe como sempre lhe disse: Faça uma viagem, vá conhecer um lugar bem bonito, você precisa se divertir e a vida aproveitar; ele deu uma olhada para o mundo, observou o horizonte, lembrou de todos os belos lugares, mas nada de se empolgar; então falou pra sua mãe, vou comprar um jipp e vou viajar; sua mãe sem entender perguntou: mas para onde você vai de jipp, isto e carro de ir para o mato. Ele respondeu: é pra lá que eu vou, ela toda preocupada, quis lhe aconselhar; meu filho no mato não tem conforto e nem ninguém que de você possa cuidar. Ele disse para sua mãe, não se preocupe, serei cauteloso. No dia seguinte pegou sua traia e saiu sem rumo, andou por asfalto,estrada de terra. Subiu e desceu morros, até chegar a um lugar montanhoso e sombrio, os campos com um verde de se encantar,cheio de coqueiros e belas árvores gigantescas, ali parou e pensou; Aqui eu ou qualquer pessoa pode ser feliz. Como já era final de tarde, foi logo cuidando de montar sua barraca, depois desceu um pequeno barranco para ver as águas de um pequeno riacho, que corria há poucos metros dalí. Encantou-se com a pureza das águas e a quantidade de pequenos e médios peixes que se via.Pegou sua vara de pescar e já mudou logo seu cardápio do jantar.Nunca havia limpado um só peixe em sua vida, mas aprendeu sem pensar, foi no jipp pegar o fogão para fritar seus belos peixinhos, porém se lembrou; acho que devo é acender um fogo com lenhas, lembrou se de seus amigos de acampamento que sempre faziam um fogão com pedras ou na terra para cozinhar e a noite servia para sentarem em sua volta, para conversar e se esquentarem. Saiu em busca das pedras e lenhas, ao pegar uma pedra e levantar, deparei-me com o pôr do sol; e simplesmente fiquei paralisado diante de tanta magia! De traz da serra com um verde surpreendente! o sol dava seu espetáculo! Com suas cores incrivelmente belas, não sei se amarela,laranjada e meio avermelhada,só sei que aquela beleza me deixou não sei se feliz; triste, encantado ou apaixonado, mas apaixonado por quem? Senti naquele momento uma falta enorme de alguém; mas quem? Sentia que eu queria era um alguém a quem eu pudesse amar. Pensei de imediato, vim aqui neste lugar belo, poético, ou simplesmente mágico! Só para descobrir o amor,ou seja a necessidade de amar, pensava; mas aqui é o lugar certo para amar e ser feliz,porém como encontrar alguém para amar: onde só tem eu e a natureza. Envolvido em meus pensamentos sentia me transformar e nem vi o tempo passar; fui acender meu fogo já com uma grande solidão que eu mesmo, via em meu olhar. Liguei o som do jipe e coloquei uma musica suave, que seria apropriada para aquele momento e lugar. Tomei um banho no rio e fui me deitar. Dormi o sono dos anjos que eu não conhecia, mas sempre falar ouvia. Acordei bem cedo, para ver a neblina na serra; e mais uma vez encantei-me e pensei; como a natureza transforma, muda o espetáculo como uma peça de teatro,que com o fechar e abrir da cortina todo cenário e elenco se transforma. Só com uma diferença aqui é tudo de graça! Envolvido em pensamentos e deslumbramento nem percebi que havia chegado em minha volta algumas vacas. Olhei para elas vi que eram bem mancinhas e acabei pensando em voz alta; há vaquinhas se soubesse tirar leite ia lhes roubar um copo de leite para tomar com... Antes de completar a frase; ouvi uma voz feminina e suave, dizendo: você não precisa nem saber tirar e nem roubar o leite, eu tiro e dou pra você. Virei e deparei com linda jovem de dezessete anos bem no meio das vacas, em cima de um cavalo branco, com os cabelos longos e ruivos um lindo par de olhos verde e pele parda. Que me olhou, sorrindo; e dirrepente! Assustou tanto quanto eu.naquele instante senti que estávamos apaixonados!e que seria um grande amor; daqueles de filmes.ela desceu de seu cavalo toda tremula e eu que também tremia como se estivesse com frio ou medo, nem dei conta de pegar na mão dela para ajudá-la a descer: ficamos por alguns instantes ali parados,com os olhos fitados um no outro, até que ela me perguntou: o que esta acontecendo? Não sei te explicar; mas sinto que alguma coisa em minha vida acabou de mudar; pois nunca em minha vida tive esta sensação. Ela me respondeu eu sei que: que estou gelada tremula e parece que te conheço ou que estava te esperando e ao mesmo tempo uma sensação de susto. Mas me dá seu copo me deixa tirar seu leite.em pouco tempo ela tirou o leite e ainda fez o café Para nós. Em seguida sentamos nas cadeiras de fio
que eu havia trazido e começamos a fazer nossas apresentações e conversarmos. Perguntamos o nome um do outro e tivemos mais uma surpresa! O seu
nome também é Lina. Falei muito, e tudo sobre minha família, perguntei a ela e você onde mora? Só acenou com o dedo é ali entre as duas serras, olhei e
vi a fumaça em sua casa. Continuei: você mora com sua família? Ela me respondeu já contando tudo de sua vida. Aqui vivo eu e minha mãe, meu pai foi embora e aqui nos deixou,já faz doze anos e minha mãe não sai daqui,tudo que temos é esta terrinha,uma pequena casa e estas vacas que você viu, tudo deixado
Pelos meus avôs maternos e este é o motivo de minha mãe não sair daqui, e se ela não sai eu também não posso ir. Naquele momento entendi que: eu também não podia e nem mais queria sair daquele maravilhoso lugar.Em menos de dois meses estávamos casados, eu só comprei mais um pedaço de terra, mas umas vacas
e bem no lugar onde nos nós conhecemos fiz uma casa um pouco maior para nos,sua mãe e poder abrigar meus pais e alguns amigos que às vezes
vem nos visitar.Hoje temos três lindos filhos, a Liza, a Lara e o Lininho, aprendi a tirar leite,apartar e até vacinar as vacas, sou um verdadeiro homem do campos.
Vivemos sem se preocupar com nada, só aproveitando o ar fresco que vem da serra, acredito que somos o casal mais bonito e feliz do mundo; e procuramos
viver com muita paz, o nosso sonho de amor serrano.


Nita Mota.